Oito etapas do transporte de carga que você precisa conhecer
No Brasil, o transporte rodoviário de cargas é responsável por 65% do escoamento das mercadorias, o que torna o setor fundamental para a economia do país.
O alimento na sua mesa, um produto adquirido na internet ou uma peça para a indústria. Tudo isso, e muito mais, só chega às mãos de qualquer consumidor, seja pessoa física ou empresa, graças ao transporte de cargas.
Essa é uma das principais etapas na engrenagem produtiva dos mais diferentes tipos de negócio em que é necessário distribuir algo que foi produzido. Uma operação com processos logísticos complexos, que vai muito além do motorista e do produto a ser transportado.
E é sobre o funcionamento do transporte de cargas que vamos falar neste artigo, que trata da importância dessa atividade para a nossa economia e cita passos importantes para que tudo ocorra com segurança e assertividade.
Boa leitura!
O que é transporte de cargas?
Falar em transporte de cargas é pensar em uma grande operação, com muitos agentes envolvidos. São gestores de frota, condutores, analistas, mecânicos e outros profissionais, cada um com suas tarefas, contribuindo para o alcance de excelentes resultados.
Isso porque é o transporte de cargas que garante o abastecimento de estoques, a entrega de produtos comprados a distância, bem como a exportação de determinados itens. Uma etapa que precisa ser cumprida com máxima eficiência, pois é ela que vai influenciar na percepção do cliente sobre a empresa.
É uma verdadeira mobilização logística que se dá a partir de duas categorias principais.
Vamos conhecê-las?
1. Carga completa:
A carga completa, ou carga fechada, significa que o caminhão é utilizado exclusivamente por um contratante. Isso pode acontecer quando a quantidade de produtos é suficiente para lotar o compartimento do veículo.
É comumente utilizada para cumprir exigências legais, como é o caso do transporte de produtos perigosos, ou quando a entrega precisa ser mais rápida ou imediata. Também é uma excelente alternativa quando os custos de manuseio e movimentação da carga não compensam dividir o veículo de transporte.
2. Carga fracionada:
Esse modelo surgiu com o objetivo de aproveitar melhor as viagens realizadas e otimizar os custos, a partir do compartilhamento de caminhões por diversos clientes. Com isso, muitas empresas passaram a abandonar suas frotas exclusivas para terceirizar esse serviço de forma eficiente e econômica.
É um tipo que atende pequenas cargas, o sistema varejista e até pessoas físicas, permitindo o estabelecimento de rotas mais estratégicas.
O funcionamento da operação logística
O transporte de cargas garante que as empresas operem com processos inteligentes e atendam adequadamente às necessidades dos clientes, com entregas nos prazos contratados, sem avarias e com a qualidade esperada. E para que esse mecanismo funcione com total operacionalidade, é preciso seguir uma série de etapas.
Confira todas elas a seguir!
1. Administração do transporte
Nessa primeira etapa, é preciso visão estratégica e um excelente planejamento para boas escolhas em modalidades e veículos que resultem em boa relação custo-benefício. Quando a frota é terceirizada, é fundamental desenvolver negociações hábeis, em um diálogo aberto e transparente para encontrar a melhor transportadora.
2. Gestão da manutenção dos veículos
Antes de colocar o caminhão na estrada, é fundamental realizar a manutenção preventiva, tanto por uma equipe de mecânicos como pelo próprio motorista. Depois de uma série de pontos a serem checados, a viagem só vai ocorrer se não for encontrado nenhum problema.
3. Emissão de documentos fiscais
O gestor da frota precisa estar atento às leis vigentes e realizar a emissão de alguns documentos indispensáveis para a operação, a exemplo da nota fiscal eletrônica. No caso do transporte rodoviário de cargas químicas, são necessários documentos específicos.
4. Roteirização da entrega
Essa é uma etapa que deve ser muito bem pensada, para não gerar prejuízos para a empresa. Hoje, existem ferramentas e softwares capazes de identificar as melhores rotas, ou seja, aquelas com menor tempo, distância e qualidade.
5. Conferência da carga
Aqui, os erros podem resultar em devoluções, que geram prejuízos não apenas para o distribuidor, mas também para o varejista. Podemos citar as mercadorias perecíveis, que exigem cuidados com o transporte e a conferência, devido ao prazo de validade do produto.
6. Controle do transporte de carga
A partir do momento em que o caminhão está na estrada, é preciso o acompanhamento e o controle da viagem, com o total entendimento sobre a operação, que gera subsídios para otimizar as próximas viagens.
7. Descarregamento e entrega da carga
Essas são atividades que precisam ser monitoradas. Grandes volumes de cargas, por exemplo, chegam aos centros de recepção envolvendo vários tipos de transporte e com destinos diferentes. Sendo assim, o motorista ou a equipe responsável realizam o descarregamento e toda a mercadoria precisa ser conferida, para serem carregadas em veículos menores até o cliente.
8. Análise de indicadores
Os indicadores da operação logística servem para avaliar e medir o nível de desempenho dos processos, colaborando com a melhoria contínua. Cada empresa escolhe os seus indicadores para a gestão de cargas, como o tempo em trânsito, devoluções, exatidão das notas de transporte e a pontualidade das entregas.
A importância do transporte de cargas
No Brasil, o foco do transporte de cargas está nas rodovias, uma vez que o país está entre as maiores redes de estradas do mundo. De acordo com dados do Anuário da Confederação Nacional do Transporte (CNT), referentes a 2020, a extensão da malha rodoviária nacional é de 1 milhão e 720 mil e 700 quilômetros.
Portanto, colocar em prática toda uma operação, de Norte a Sul, não é uma tarefa fácil. É preciso cumprir prazos, normas de segurança e de qualidade. Um processo que precisa ser otimizado da melhor forma possível, para evitar perda de tempo e de dinheiro.
E devido a essa demanda, as formas de transportar produtos precisam ser rápidas, eficientes e baratas, o que torna o transporte terrestre o mais vantajoso para atender a todo o território nacional. Hoje, cerca de 65% do transporte de cargas do Brasil passa pelas estradas, segundo o Relatório Executivo do Plano Nacional de Logística 2025.
Além disso, apesar de somente 12,4% das estradas serem pavimentadas, segundo o Anuário da CNT, a sua infraestrutura ainda é melhor do que a dos setores marítimo e aéreo.
São dados que evidenciam o fundamental papel do transporte rodoviário de cargas para a nossa economia. Por isso, contar com os serviços da Covre, uma empresa especializada em processos na área do transporte de cargas e da logística, é essencial.
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