7 indicadores de desempenho logístico que fazem a diferença
O alto desempenho logístico está associado a um conjunto de fatores que precisa ser acompanhado de perto. Saiba como garantir competitividade e eficiência!
Garantir uma entrega no prazo e melhorar os níveis de satisfação do cliente têm a ver com muitos fatores e boas práticas corporativas. E toda essa responsabilidade se volta para o departamento de logística, que responde pela expedição e fluxo dos produtos da empresa. Por isso, para evitar gargalos e otimizar os trabalhos, uma estratégia fundamental é apostar nos chamados indicadores de desempenho logístico.
Também chamados de KPIs (Key Performance Indicator), eles são utilizados para medir a atuação e a execução dos processos de cada uma das etapas do trabalho logístico – incluindo abastecimento, armazenagem, estoque, preparação de pedidos, transporte, entregas e devoluções, entre outros.
Monitorar esses indicadores é essencial para que o gestor consiga identificar os gargalos que merecem maior atenção, renovação ou investimento. Afinal, atrasos na entrega podem comprometer o fluxo do setor e impactar negativamente na satisfação do cliente. Trata-se, portanto, de uma estratégia de base sólida e fundamental para auxiliar na tomada de decisões. E para ajudar você a usar bem o poder dessas métricas para agregar competitividade e excelência operacional, preparamos um artigo que vai direto ao ponto. Siga a leitura e confira!
Em nome de operações logísticas eficientes
Na rotina competitiva da produção corporativa, nada como saber exatamente quais os pontos prestar atenção e atacá-los de forma ágil e certeira, não é mesmo? Confira os 7 principais indicadores que podem ajudar a elevar o nível do desempenho logístico no seu negócio.
1. On-Time Delivery (OTD)
Em tempos de foco na experiência positiva, faz toda a diferença contar com um indicador que ajuda a identificar possíveis problemas no atendimento ao cliente. Esse é o papel do OTD, utilizado para mensurar o número de pedidos entregues dentro do prazo. E isso considerando o tempo gasto desde processamento do produto até a efetiva entrega pela transportadora.
Levando em conta o total de entregas em determinado período e as executadas no tempo previsto, é possível chegar ao percentual de sucesso, que deve se manter acima dos 90%. Índices menores do que esse podem ser considerados indicativos da necessidade em investigar algum gargalo gerador das demoras e atrasos.
2. Tempo de ciclo perdido
Este indicador avalia quanto tempo o produto leva até chegar ao consumidor. Para fazer o cálculo, é preciso mapear a data da realização do pedido e o dia da entrega ao cliente.
É uma informação importante por abranger todo o processo de coleta e transporte. O que ajuda a identificar com exatidão onde estão ocorrendo os atrasos; se no deslocamento, ou em uma eventual demora no carregamento ou, ainda, se a empresa está enfrentando déficit de estoque.
A partir desta informação, é possível pensar em estratégias para reduzir ou eliminar entraves.
3. Índice de ocorrências
Quem lida com logística também precisa ter um olhar apurado para toda a fase de transporte. Afinal, esta etapa costuma estar facilmente sujeita a vários problemas e imprevistos típicos da atividade, como atrasos, extravios, avarias, quebras e danos variados.
No caso, é preciso levar em conta todo o caminho percorrido pelo produto, da saída da empresa à recepção pelo cliente. Transporte ineficiente, estradas em más condições, alto custo de combustível e manutenção são alguns dos contratempos que podem ocorrer durante o trajeto. Questões cujas consequências envolvem cliente insatisfeito, comprometimento da produtividade e impactos negativos para a imagem da empresa.
Daí o valor de registrar cada ocorrência, com resposta rápida para as irregularidades. Uma dinâmica em que contar com ferramentas para fazer o rastreio das cargas é essencial para amenizar os riscos e evitar prejuízos maiores, como devolução, trocas e perda financeira e de tempo.
4. Nível médio de estoque
Este é, talvez, um dos mais importantes indicadores de desempenho logístico para qualquer negócio. Afinal, acompanha e monitora de perto um dos pontos mais básicos e sensíveis para que a dinâmica funcione.
O estoque está diretamente ligado à qualidade das operações de vendas. Ele sinaliza a disponibilidade suficiente de itens para suprir a demanda de pedidos e a manutenção de seu equilíbrio acaba sendo complexa. Quantidades excedentes aumentam o risco de extravios (por passarem do prazo de validade ou por ficarem obsoletas) e podem aumentar os gastos. Por outro lado, o baixo nível de provisão significa queda nas vendas e experiência negativa para o cliente.
Com este indicador de desempenho, a empresa consegue avaliar quais são os produtos que mais saem e quais estão há mais tempo lá. Para chegar ao resultado ideal, basta dividir a quantidade de itens em estoque pela demanda média diária.
5. Custos logísticos
Domínio financeiro é sinal de uma gestão que tem governança. E a supervisão dos custos logísticos é uma dessas facetas, permitindo visualizar onde estão os excessos e os maiores gastos e tomar medidas mais assertivas para reduzir investimentos, ou adequar o orçamento previsto de forma inteligente.
Em geral, esses custos costumam envolver o estoque e o inventário, o processamento dos pedidos, o transporte, as perdas com avarias e extravios, os gastos com devoluções e reentregas, além de obrigações fiscais, como taxas e impostos. É um panorama que também torna possível vislumbrar a representatividade do setor de logística no custo total da empresa.
6. Order Fill Rate (OFR)
O Order Fill Rate, ou simplesmente, OFR calcula quanto tempo a empresa gasta para processar o pedido de compra. Isso envolve todas as etapas envolvidas no caminho entre o recebimento do pedido e a expedição.
Com isso, o gestor consegue identificar as falhas internas que estão causando eventuais atrasos e, assim, melhorar a eficiência desse percurso. É um índice crucial para avaliar a performance do processo produtivo e a capacidade da empresa em atender necessidades do mercado.
7. Acuracidade do inventário
O que se mede, nesse caso, é a diferença entre o estoque real (aquele que está, de fato, presente na empresa) e o estoque registrado no sistema de controle.
Embora o ideal seja a compatibilidade entre os dois, algumas divergências podem acontecer. Isso é muito comum em casos de erros humanos ou, até mesmo, da ineficiência dos métodos utilizados para gerenciar e atualizar os dados do estoque. Quanto maior a incoerência entre a provisão prevista e efetiva, mais risco de enfrentar sérios problemas no atendimento às entregas acordadas.
Como vimos, os indicadores de desempenho logístico são importantes instrumentos para uma gestão eficiente e orientada a resultados, eles não apenas otimizam recursos, como dão base à tomada de decisões mais estratégicas. E depois de ler esse texto, você está por dentro de algumas métricas a estar de olho, em nome de uma logística de alto desempenho, com clientes satisfeitos e boa imagem corporativa.